quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Vencedores do leilão de transmissão são empresas que colecionam atrasos ou estreantes no setor

O leilão de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) nesta quinta (14/11) colocou à disposição dos investidores 13 lotes de obras a serem construídas em diversos Estados brasileiros. Desses projetos, três não atraíram o interesse de nenhuma companhia. Outros sete foram arrematados por consórcios formados por oito empresas com grandes atrasos na construção de linhas. Outros dois ficaram com a Braxenergy - uma empresa que tem uma série de projetos de usinas solares no papel e nenhuma LT em operação. O último lote ficou com a estatal chinesa State Grid, uma gigante do setor elétrico mundial que tem aumentado as apostas no Brasil.


O que o resultado mostra é que os atrasos são regra, e não exceção, na área de transmissão de energia elétrica no Brasil. Um quadro elaborado por este blog com dados da ANEEL mostra que há empresas com atrasos de até 1,5 mil dias. As vencedoras do leilão acumulam entre 27 e 936 dias de atraso em seus empreendimentos, sendo que Abenboa, CEEE, Celg e Furnas são as líderes. 

A tabela também mostra a lentidão da ANEEL para multar os atrasados: uma obra 1,5 mil dias fora de cronograma teve apenas uma multa atribuida. Outras, com 800 ou 900 dias, estão até agora sem punição.

PS: Sem entrar nos motivos dos atrasos e na discussão sobre quem é a culpa, mas fica evidente que há um problema sério na construção de linhas de transmissão no país. A lista apresenta as empresas com mais de 300 dias de atraso, acrescidas de Copel e Eletrosul - por estas terem sido vencedoras do leilão. 

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